Descrição

Histórias de viagens ilustradas com fotografias

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O sétimo dia

E ao sétimo dia...

Não, não aconteceu nada disso que estão a pensar. Isso e todas as outras narrações do mesmo género não passam de histórias para controlar pessoas através do controlo das suas mentes, sobretudo das que são mais facilmente influenciáveis, como é o caso das crianças.
Uma mentira muitas vezes repetida transforma-se em verdade, principalmente para quem as ouve insistentemente desde tenra idade.

Quando o cérebro deixa de ser apenas um gravador que regista tudo aquilo que lhe é impingido e se transforma numa máquina de calcular que pensa, não se descobre logo a verdade, descobrem-se as mentiras sem sentido em que se foi acreditando, e isso é meio caminho andado para se descobrir a verdade.

Recuando no calendário até ao sétimo dia, que foi ontem, o que aconteceu não deveria ter acontecido. O rolo fotográfico que entreguei para revelação não estava pronto.
É inadmissível. Há três ou quatro anos atrás revelava-se um rolo em uma hora, agora sete dias não chegam para isso.
Depois de ter pedido o livro de reclamações, pediram-me para aguardar e foram chamar o gerente da loja.
Este facto só serviu para eu comprovar a minha teoria de que as gravatas não servem para mais nada além de atraírem os pingos da sopa. Este engravatadinho que me apareceu à frente revelou-se tão inútil como qualquer outro desgravadado. Não resolveu o meu problema que era ter o rolo de volta e revelado.

Além dos naturais pedidos de desculpa disse ainda uma outra coisa espantosa, que os sete dias eram úteis. Há dias inúteis, então. E pelos vistos não só dias mas também empresas e pessoas. Para que raio serve um dia se é inútil? As pessoas respiram, comem e dormem em dias inúteis (há até quem faça ouras coisas). Lojas como esta (Jumbo) recebem dinheiro dos clientes em dias inúteis. Há pessoas que são obrigadas a trabalhar em dias inúteis. Azar o meu que para os técnicos de revelação os dias inúteis sejam mesmo inúteis.

Há discussões são tão inúteis como alguns dias e não resolvem nada, por isso despedi-me e marquei encontro com o livro de reclamações no sétimo dia útil.

1 comentário:

  1. Sabes de quem é a culpa disso? do digital! e porquê? pois se todos se viraram para o digital o analógico ficou esquecido... caro, não se mandam revelar e passar a papel nesses locais. Escolhe uma boa loja e pronto. Neste momento, há umas poucas (3 ou 4) em Lisboa. Aí, onde moras, não sei. Mas, se quiseres, mete o rolo num envelope, envia-mo que eu trato disso e depois fazemos contas.

    ResponderEliminar