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Histórias de viagens ilustradas com fotografias

terça-feira, 9 de abril de 2013

Viagem a Portalegre e Alegrete, parte 3


Para o fim fica precisamente o mais importante, as pessoas. Ainda de manhã encontrei o Zé Barbosa e a Fátima, a quem agradeço terem feito de meus cicerones e me terem dado boleia o resto do dia. Aos poucos foram-se juntando a nós o Casimiro, a Cristina, o José Silva, o João Madeira, a Ana, a Dina, a Manuela, a Daniela, e last but not the least, juntámo-nos nós à Luísa Vaz Tavares, o objectivo primordial da nossa estadia em Alegrete..
Gostava de traduzir por palavras os pensamentos que me ocorreram enquanto ouvia o dr. Fernando Pádua e o Tomás Bakk, mas acho que não consigo. Reparei que houve pessoas que estiveram a filmar a apresentação, se conseguir encontrar na net algum desses filmes partilho aqui.
De regresso a Portalegre tivemos tertúlia até de madrugada. Soube-me bem ouvir e aprender com verdadeiros artistas. Resta-me desejar que a próxima oportunidade não demore muito.
Já em casa, e depois de curar a gripe e febre trazida do Alentejo terei dois livros novos para ler, Perfume de Alegrete, de Luisa Vaz Tavares, e As Sombras de José M. Silva.
Não me vai faltar ocupação.

As restantes fotos podem ser vistas aqui:


segunda-feira, 8 de abril de 2013

Viagem a Portalegre e Alegrete, parte 2

15H50 e finalmente atravesso uma povoação depois de sair da autoestrada. Está na hora do café do almoço. Almoço que já estava quase digerido, mas tem mesmo de ser assim, é preciso atacar os capitalistas onde mais lhes dói, na carteira. Gastar o meu dinheiro em áreas de serviço de autoestradas é que nem pensar. Os preços que pedem pelos produtos são um autentico roubo e de mim não levam nem um cêntimo. Chama-se a isto boicote.
Até almocei numa área de serviço, em Aveiras, e de faca e garfo. Mas trazia o almoço comigo. Já passava das onze da manhã quando me despachei da bomba de gasolina do Jumbo, à sexta feira as filas são muito grandes, e resolvi entrar mesmo no hipermercado e comprar algo no balcão da gastronomia para comer durante o caminho.

A povoação em causa chama-se Fortios, e após perguntar, fiquei a saber que estava já a poucos quilómetros de Portalegre.
Até parecia mal fazer uma viagem tão longa e não me perder. Felizmente aconteceu já dentro da cidade, terra de boa gente, e todas as pessoas a quem perguntei se prontificaram a ajudar. Percorri inclusivamente quase metade da cidade atrás de uma senhora, e bem jeitosa por sinal, que me disse “venha atrás de mim” (não foi preciso dizer duas vezes) e me levou de volta à rotunda no centro da cidade. Eu bem fiz sinal através do vidro do carro, mas infelizmente não me levou a mais lado nenhum.
Já que ia chegar a Portalegre na 6ª feira, queria aproveitar para visitar a sede dos Cafés Palmeira, que fica precisamente em Alegrete, mais concretamente em Vale de Cavalos conforme vim a descobrir mais tarde. Fui mais uma vez bem recebido e só não trouxe o pacote de açúcar que ia à procura porque não o tinham. Em contrapartida ofereceram-me uns sticks de exportação para a Holanda.
Era tempo de regressar a Portalegre, aproveitar o fim de tarde para tirar ainda algumas fotos, quer pelo caminho, quer dentro da cidade, e descansar da viagem.

Mais fotos na página WebPicasa


domingo, 7 de abril de 2013

Viagem a Portalegre e Alegrete, parte 1

Um viajante de merda! É como eu me posso definir. Vou fazer uma viagem de duzentos e quarenta e três quilómetros segundo o Google e esqueço-me de levar um mapa.
Deixei tudo para a última, incluindo a vontade de ir. Inicialmente, não sei explicar porquê, estava um bocado renitente em ir. Não tinha vontade de ir por 'auto-scut', mas por outro lado as estradas nacionais nas zonas a atravessar estariam possivelmente inundadas. Bom, isto eram apenas desculpas para não ter de reconhecer que não me apetecia ir. E no fim, como escreveu o José Manuel Barbosa num comentário, foi inesquecível.
A viagem foi feita a olho, sabia que tinha de apanhar a A não sei quantas em direcção a não sei o quê e depois tinha de virar não sei onde e seguir sempre a direito (sem esquecer de fazer as curvas).
O instinto, a memória (já lá tinha passado uma vez), o sentido de orientação, a sorte, o que quiserem chamar, deu certo e eis-me de volta são e salvo.
Pelo meio ficaram alguns locais que, por falta de indicação quilométrica nas placas com que me deparei, não visitei. Tive vontade de visitar os castelos de Vila Flor e de Amieira do Tejo por exemplo, mas não me apeteceu correr o risco de me perder no meio do nada.
Poucos quilómetros depois de entrar no IP2 atravessa-se o Tejo passando por cima de uma barragem. Parei um pouco acima e andei por ali a tirar umas fotos. Não vi qualquer placa com o nome mas passou por cima de mim um vulto a voar que assim à primeira me pareceu um gavião. Afinal era só uma andorinha.
Já tinha ouvido falar de uma tal Barragem do Gavião mas não sabia onde ficava. Se calhar é esta aqui pensei, os gaviões alimentam-se de andorinhas, julgo eu.
- Então vieste por onde?
- Pela autoestrada, depois virei para o IP2, passei pela barragem do Gavião...
- Ah, desviaste para a barragem do Gavião?
- Desviei não, a estrada vai sempre a direito e passa por lá...
- Se calhar viraste noutro sitio então, disse o Zé abrindo o mapa (o Zé é um viajante a sério)
- Gavião fica aqui, disse apontando com o dedo, e se viraste para o IP2, esta barragem aqui é a do Fratel.
- Ahhhh, Fratel...
A juntar ao muito que aprendi nestes três dias, fiquei também a saber que o IP2 atravessa a Barragem do Fratel. Bem, se calhar o que passou por cima de mim a voar também nem seria uma andorinha.

(Continua)

Mais fotos podem ser vistas na minha página webPicasa
https://picasaweb.google.com/paulo.e.c.rodrigues/201304PortalegreEAlegrete


quinta-feira, 4 de abril de 2013

Cascata de Fervença

Encontrei uma outra cascata no concelho de Sintra, ainda mais perto do que a de Anços, mostrada no último post.
É fácil de encontrar, no entanto já devo ter passado lá perto muitas dezenas ou mesmo centenas de vezes e nem suspeitava da sua existência
.

Fica a cerca de meia dúzia de metros da Estrada N9, na localidade de Fervença. O passo seguinte consiste em tentar saber o nome do ribeiro, e depois, tal como a cascata de Anços, visitá-la no Verão para poder aproximar-me mais e fotografá-la melhor.

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