Descrição

Histórias de viagens ilustradas com fotografias

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Super Lua


Depois de uma combinação mal combinada com o meu parceiro de fotografias, eis-me ali sozinho às portas da mata de Monsanto, com a noite a cair a uma velocidade vertiginosa até se esborrachar sobre toda a cidade, cobrindo-a de negro manto.
Isto dito assim até pode parecer um bocado aterrador, mas não é, é poético. É a poesia do cosmos, um sítio onde reina o caos e a desordem natural das coisas.
Aqui para nós que ninguém nos ouve, a ordem não passa de um método para controlar as massas em proveito de alguns, sempre os mesmos, e tem por isso de ser combatida.


Passados os primeiros instantes para reconhecimento do território, eis-me de volta ao trabalho de tentar tirar ao menos uma fotografia de jeito.
Não conhecia o local, no Bairro do Alvito, e devo dizer que é óptimo para tirar fotografias sobre Lisboa, o rio, a ponte 25 de Abril.


Voltei a não ficar satisfeito com os resultados obtidos com a lente de 300mm. Foram todas tiradas com tripé e portanto deveriam ficar nítidas, no entanto parecem algo tremidas, o que pode indicar que com o zoom no máximo o tripé não oferece estabilidade.
Ainda me falta fazer uma experiência que é comprar um cabo disparador, se não resultar a solução é mesmo trocar de tripé.


Voltando à Lua, foi a primeira vez que presenciei uma Super Lua, todas as vezes anteriores estava no sítio errado, sou seja, com nuvens. Desta vez até o clima ajudou.

As fotos estão no sítio do costume, na página Picasa

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Veados na Tapada de Mafra


Mais uma voltinha, mais uma viagem. E para não variar mais umas subidas, embora estas não fossem muito cansativas de fazer. Acho que o grupo devia mudar o nome para Green Subidas, era mais apropriado.


Era uma daquelas situações em que não dependíamos de nós mas da boa vontade dos nossos amigos veados em aparecerem ou não. E eles não quiseram. Pelo menos no nosso lado. Para fazermos o percurso dentro da tapada, o grupo dividiu-se em dois e cada um fez um trajecto diferente. Por fotografias que vi, acho que o outro grupo teve mais sorte.


O objectivo era observar os veados em pleno ambiente selvagem a bramar pelas veadas visto estarmos na época de acasalamento. Brama é o chamamento com que os veados atraem as veadas. E elas vão. Que tolas.


Apenas há a registar duas excepções isoladas, uma logo no início e outra no final em que dois veados se aproximaram e interagiram com o grupo. Ou porque estivessem mais esfomeados e buscassem comida, ou porque já tivessem despachado as respectivas veadas, ou simplesmente porque estivessem acometidos pela doença dos veados loucos, o certo é que andaram pelo meio das pessoas sem receio algum.


O passeio incluía também no final um espectáculo de falcoaria. Bastante interessante, pena que tivesse sido curto.


Restantes fotos na página Picasa

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Dolmen de Adro Nunes


Eu sei que o grupo é de caminhada mas… será possível caminhar um pouquinho menos? É possível disso tenho eu a certeza, ou então caminhar de uma forma mais facilitada.
Já fiz vários passeios com o grupo Green Trekker e às vezes fico a pensar que a extensão e dificuldade dos percursos têm apenas por objectivo “fazer render o peixe”, ou seja justificar que o passeio tem as tais três ou quatro horas que é a duração média deste tipo de actividades.


Lamentações à parte, este foi talvez o passeio de que gostei menos. Para além das dificuldades que tive em fazer as subidas propostas, o objectivo da viagem não me agradou minimamente. Aquilo a que chamam de dolmen para mim é apenas um monte de pedras. Fiquei a conhecê-lo mas não contribuiu em nada para a minha felicidade.


Não tive grandes oportunidades para tirar fotografias. Devido à dificuldade que tive em fazer o percurso, parar para fotografar estava fora de questão porque, sei por experiência própria, recomeçar a andar no meio duma subida seria muito mais penoso.

Aguardo por melhores dias e melhores passeios.
As poucas fotos que tirei estão na minha página Picasa


domingo, 27 de setembro de 2015

Festa do Avante 2015

                                  Viralata

A coisa ia começando mal. Assim que cheguei um polícia deitou-me logo a mão. Pois é, saí do autocarro, dei três passos, e sem que tivesse ainda bebido o que quer que seja, “tropecei no céu feito um pacote flácido” (a) e estendi-me ao comprido no chão. Um agente da autoridade ali presente veio em meu auxílio. Muito agradecido. No entanto não chegou a levar para a esquadra para interrogatório o buraco na calçada.
(a) Chico Buarque, Construção

                                  Chão da Feira

Tinha um plano, mas esqueci-me dele em casa. Fiz uma lista dos eventos que queria ver, mas por qualquer razão que já não me lembro, deixei-o em cima da mesa onde estão as coisas de que é suposto não me esquecer: as chaves, a carteira, o telemóvel, e as listas quando as há.

                              Norma d'Alma

Três dos nomes tinha na minha cabeça: Chão da Feira, Norma d’Alma e Torga. O resto foi de improviso. Devo dizer que é um bocado chato andar por ali sozinho, às tantas já nem sei bem o que fazer. Como os concertos acontecem em simultâneo nos diversos palcos, muitas coisas perdem-se.

                              Torga

Sem qualquer combinação prévia, fui encontrado no meio de tantos milhares de pessoas pela minha colega do Festival do Silêncio Ana Ferreira. Eu ia ver Norma d’Alma, ela ia ver um espectáculo no palco de teatro, fiquei de lá ir ter no fim do concerto mas não voltei a encontra-la.

                               Cantadeiras do Redondo

Estou cá a pensar que da próxima vez talvez pegue na tenda e fico lá acampado. Algumas das coisas mais interessantes que tinha para ver eram à noite mas estava dependente de autocarros e comboios que não conhecia, e isso fez-me sair mais cedo.

                               Carla Russo e Nuno Correia

Musicalmente gostei muito mais da sexta feira do que do sábado. No domingo nem sequer fui. Com muita pena não consegui assistir a nenhuma das representações de teatro. E ainda não foi este ano que consegui ver um concerto do Fausto. É uma falta grave que tenho que preencher.

Para o ano há mais.