Fácil! Era este o nível de dificuldade segundo o programa do evento. Na verdade até nem foi difícil, eu é que não volto a meter-me noutro. Eu que até tenho vertigens…
Aquilo ali em baixo ia ser o nosso destino
Ia ser mais uma descoberta fotográfica.
Neste caso sobre o uso de filtros. Nunca usei, nem sequer tinha, por isso tive
que os arranjar. Pela primeira vez fiz uma compra no OLX: um filtro polarizador
e outro de densidade neutra variável.
Foi a marca mais barata que encontrei, e a
qualidade é má. Por vezes saem resultados destes…
Uma experiência falhada com um filtro ND barato
Uma experiência falhada com um filtro ND barato
Da próxima vez não posso ter pressa, tenho
que juntar dinheiro para comprar algo em condições.
Após o encontro no parque de estacionamento
da Praia da Ribeira d’Ilhas, subimos a encosta e seguimos por um trilho junto à
falésia. E eu que tenho vertigens…
Antes de chegarmos à praia ainda fizemos um
pequeno desvio para visitar uma orquidea acabada de nascer, a primeira do ano,
segundo o Bruno.
Orquídea, falésias de Ribeira d'Ilhas
Continuámos o caminho pela beira da falésia
(e eu que tenho vertigens) até chegarmos à escarpa por onde iriamos descer até
à praia (tenho que me esquecer que tenho vertigens).
Por aqui desce-se até à praia
Apanhámos chuva à chegada, felizmente não
muita, cerca de um quarto de hora, e pudemos finalmente explorar o local.
Apesar de pequeno não faltavam motivos para
fotografar, mas estava de tal modo fixado nos filtros, um brinquedo novo para
mim, que até esqueci tudo o resto. À noite quando vi na net as fotos dos outros
colegas fiquei com pena porque havia realmente muita coisa para onde virar a
máquina e disparar. Sobretudo porque não vou voltar àquele local.
A menos que me saia o euromilhões e eu
compre um helicóptero. Só não sei é se terei vertigens ao andar de helicóptero.
A primeira descoberta frustrante é que com o
filtro ND no máximo ou perto do máximo a máquina não foca.
Resolvi o problema usando o temporizador em
10seg. Rodo o anel até à posição mínima, e depois de regular a máquina, disparo,
tendo então tempo para voltar a rodar o anel do filtro até à posição desejada.
Por falta de qualidade do material, por
falta de jeito, ou por falta das duas coisas juntas, as fotografias estavam uma
porcaria. Havia nuvens muito boas no céu e nas minhas imagens o céu ficava
branco.
Bem que o Bruno me falou na necessidade de
um filtro ND graduado.
Eis senão quando me lembrei do amigo Jorge
Pereira e da sua famosa technique, a magic cloth technique.
Assim de repentemente aqui no meio do nada
o que é que eu posso usar? Olha, posso por exemplo usar um lenço ranhoso, é a
única coisa que tenho.
E não é que a coisa resultou mesmo? Agora
só falta aperfeiçoar a técnica. O próximo passo será usar um lenço limpo…
Em algumas fotos ficou a notar-se o lenço
na parte de cima da imagem.
Ter vertigens de dia é mau, mas ter
vertigens à noite deve ser muito pior, por isso resolvi ir embora mais cedo. Os
restantes companheiros iriam ficar até à noite, mas uma colega ia embora também
mais cedo e aproveitei a boleia para subir a escarpa com as vertigens às
costas.
Globalmente foi positivo, foi a minha
primeira participação num passeio do Green Trekker, espero voltar a repetir, em
actividades que não causem vertigens.
Mais fotos na minha página webPicasa
https://picasaweb.google.com/104016268436238696301/201502PraiaDoCavalinho?authuser=0&feat=directlink
Mais informações sobre magic cloth technique
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