Para onde hei-de ir?
As velhas questões filosóficas do quem somos, de onde vimos e para onde vamos não são para aqui chamadas. Até porque há filhos da puta que acham que não somos todos iguais, não vimos todos do mesmo sítio nem vamos todos para o mesmo lugar, porque, dizem, há os superiores e os inferiores, e quem pensa assim acha-se sempre como fazendo parte do grupo dos superiores. Tenho porcos nojentos desses naquilo a que se convencionou chamar de "família" mas desses tratarei em devido tempo.
Aquilo que me interessa aqui concretamente é: para onde hei-de ir fotografar a Super Lua? Há minha volta só há telhados e postes e antenas. Não é que não se consigam fotos espectaculares em meio urbano (eu infelizmente é que não tenho jeito para isso), mas queria um lugar mais em contacto com a natureza. No entanto a luz do depósito da gasolina está ali acesa a olhar para mim e a carteira só tem ar lá dentro. por isso não posso ir muito longe sob pena de não regressar.
Depois de muito pensar, resolvi ir para a estrada de Coutinho Afonso. Fui cedo, dei uma volta para reconhecer o percurso e encontrei um lugar que me pareceu bom, um desvio com espaço para parar o carro. Só que...
Preparo-me para sair do carro e... seis cães? Ali a olhar para mm? Fonix, estão a gozar comigo. Lá tenho que mudar de sítio. Mais uma volta, mais uma paragem, desta vez num caminho de terra. Não era o ideal, tinha muitos postes e fios eléctricos, mas era o que se podia arranjar.
Uns minutos depois pára outro carro, com um moço tambérm "fotógrafo" como eu. Dois dedos de conversa, também andava à procura de um local para fotografar, falou de um sítio lá mais abaixo que conhecia e lhe parecia mais amplo. e lá vamos os dois.
Era melhor sem dúvida. Um vale amplo e uma serra, sobre a qual nasceu a Lua a cerca de dois quilómetros de distância. Para uma primeira experiência de fotografia da Lua a sério não está mal. As vezes anteriores posso considerar que foram tentativas falhadas.
As restantes fotos estão aqui: